segunda-feira, 13 de julho de 2009

Aldeia de Regoufe

MINAS DE VOLFRÂMIO
As minas de volfrâmio de Arouca constituem património da arqueologia industrial que estão ainda ao abandono a aguardar urgente intervenção.
Por aqui passaram aquando das duas guerras, mas principalmente na Segunda Guerra Mundial, para além dos mandatários de ambas as potências, ingleses e alemães, milhares de mineiros, de aventureiros, de gente de toda a espécie e, terminada a guerra, ficou ao abandono toda a arqueologia utilizada na exploração do minério, bem como muitas construções então utilizadas, quer na extracção, quer na logística.
Rio de Frades e Regoufe são hoje dois lugarejos perdidos nos confins da serra, ambos situados em locais paradisíacos, que constituem um dos mais ricos patrimónios naturais do concelho, a merecer o tratamento adequado, no sentido de perpetuar na memória, um tempo de grandezas e misérias de um povo que aí buscou fortuna e encontrou quase sempre a glória efémera.
No lugar de Rio de Frades podemos ver ainda, em bom estado de conservação as muitas construções edificadas pela Companhia alemã, para alojar os muitos mineiros e também para os escritórios da empresa que durante cerca de cinco anos aí se dedicou à exploração de volfrâmio.
No lugar de Regoufe, para além das minas ainda em bom estado de conservação há todo um conjunto de edifícios que importa preservar, nomeadamente para fins turísticos, mas sempre sem alterar a traça original e preservando os espaços envolventes, para que se não perca a memória e o inestimável património que marcou profundamente a geração que atravessou os anos da Segunda Guerra Mundial.
As construções existentes no lugar de Regoufe, feitas pela Companhia inglesa, são bem mais simples que as edificações alemãs de Rio de Frades, mas, umas e outras merecem urgente intervenção, para que as intempéries e o abandono, façam com que se percam irremediavelmente.

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